20 dezembro 2005

BREVE HISTORIAL

Em 1964 acabava a Banda de Vila Nova de Ourém. Em 1971, o marasmo artístico reinava ainda em Ourém no que à vertente musical dizia respeito. Armando Rodrigues sentia muito esta lacuna e por isso propôs-se fundar um grupo coral. Se assim pensou, melhor o fez. Pôs mãos à obra e distribuiu listas para recolhas de nomes pelos Srs. José Lopes Alves, José de Oliveira Félix e José Luís Gonçalves, ficando outra lista na sua posse. Assim, em Outubro de 1971 fez-se a primeira reunião já com todas as pessoas aderentes, que eram cerca de noventa.
Os ensaios começaram e o grupo adopta o nome de CORAL DE OURÉM ou CORAL OURIENSE, o qual tinha por objectivo principal cultivar e divulgar a música coral, levando-a até junto do nosso povo. O grupo era composto por elementos essencialmente amadores, de todos os estratos sociais e de ambos os sexos. Entretanto, escolhe-se e acerta-se o repertório adequado, tendo em conta, por um lado, que se tratava de um coro jovem e, por outro, a falta de experiência de todos os elementos. Como V.Nova de Ourém não tinha tradições de agrupamentos do género, tivemos inicialmente alguns problemas logísticos. Depois dos vocalizos e acordes, apareceu a primeira peça digna desse nome “O jasmim”, e de permeio ia-se ensaiando “Tu minha Ourém” e “Alecrim”, ambas a três vozes. De Outubro de 1971 a Juhno de 1972 ensaiaram-se peças que apenas tiveram uma função didáctica, mas que tecnicamente não imporiam o coro. Mas cedo se inflectiu noutra direcção, pois na primavera de 1972, sentindo-se o grupo com coesão suficiente, começaram a ensaiar peças de bom nível e, obviamente, de razoável responsabilidade técnica e de óptimo efeito auditivo.
Assim apareceram peças como “Não segueis o trigo verde”, de F. Lopes Graça, “O Memoriale”, de Palestrina, “Trai-Trai”, de Manuel Faria, “Os olhos de Marianita”, etc. Considerou-se, por isso, que o tempo que mediou entre Outubro de 1971 e Junho de 1972 foi uma travessia no deserto, durante a qual muitos saíram e outros entraram, pois começaram cerca de 90 elementos e, em Junho, estavam cerca de 50.
Adopta-se também o novo nome, sendo o de CHORUS AURIS que mereceu a unanimidade. Assim, com tudo mais estabilizado, convencionou-se que Junho de 1972 poderia ser considerado o mês da fundação oficial do coro que ainda hoje se mantém.
Para além desta secção, a Academia de Música Banda de Ourém integra ainda uma Banda Juvenil, um Coral Infantil e Juvenil, o grupo de música popular Os Romeiros, uma Orquestra Típica e uma secção de Dança.
O nosso coro tem presentemente cerca de 40 elementos e, ao longo destes quase 32 anos de existência, tem actuado um pouco por todo o país, incluindo a Madeira (2003), tendo também efectuado algumas saídas, nomeadamente a França, onde participou nos XIV Encontros Internacionais de Canto Coral, realizados em Tours (1985). No âmbito do intercâmbio que mantém com o Coral La Pastourelle de Hinges, França, actuou também em Inglaterra, na catedral de Cantuária, e na Bélgica. Tem igualmente integrado, como participante e como organizador, os Encontros de Coros do Ribatejo, cuja edição de 2004 teve lugar precisamente em Ourém. E orgulha-se de ter lançado, em Novembro de 2004, o seu primeiro disco, intitulado "Um gesto, um momento".

APRESENTAÇÃO

Esta é a foto mais recente do Chorus Auris, tirada na Sé Colegiada de Ourém, por altura da gravação do nosso primeiro (e único até ao momento...) CD intitulado "Um gesto, um momento". No entanto, já se verificaram algumas alterações em relação à formação aqui apresentada, infelizmente com mais saídas do que entradas de novos elementos. Por isso aqui fica um convite a todos quantos apreciam (ou ainda não aprenderam a apreciar...) a música coral para que se juntem a nós. Além do convívio semanal que os ensaios (às segundas e sextas-feiras, das 21.30h às 23.ooh) proporcionam, existe também o aliciante das deslocações a outras localidades que favorecem o contacto com novas gentes e novas sonoridades. JUNTE-SE A NÓS!

EDITORIAL

A génese deste espaço está relacionada com a falta de uma tribuna propícia à troca de informações úteis sobre o funcionamento do nosso coral e, ao mesmo tempo, visa a criação de um local privilegiado para se apresentarem sugestões e trocarem experiências sobre as divagações musicais dos integrantes do Chorus Auris e de todos quantos se interessem por este grupo, pela AMBO em geral ou, pura e simplesmente, pela música nas suas diferentes vertentes. Enquanto a disponibilidade não permitir a redefinição do website dedicado ao coro e atendendo à maior interactividade inerente a este conceito de blog, este espaço poderá proporcionar um meio rápido e eficaz de comunicação, podendo mesmo tornar-se uma experiência interessante. Porém, não se espere uma grande dedicação nem um cuidado muito especial quanto aos conteúdos visto que as circunstâncias pessoais e mesmo os traços de personalidade do lançador da ideia a isso não são muito favoráveis. Fica, no entanto, lançado o desafio de fazer deste areópago um lugar de intercâmbio coralístico, capaz de constituir uma certa lufada de ar fresco num meio que tem tendência a tornar-se algo bafiento...