17 fevereiro 2006

Ecos D' Além Mar ...

Somos, sem dúvida, um Coro de cariz marcadamente Internacional. A atestá-lo, regista-se a passagem pelas nossas hostes de coralistas de várias nacionalidades. Timorenses, como o Fernão, Romenos, como o Adriano Serban, Alemãs, como a Stephanie, Ucranianas, como a Elvina, Brasileiros, Venezuelanos, e espante-se até Alentejanos. Pois o nosso amigo Venezuelano, Javier Alegria, que até há pouco tempo cantou no nosso Coro ( ao lado retratado a braços com dois sérios problemas, ehehehe ), que por motivos da sua vida pessoal teve que regressar ao seu pais natal, tem falado comigo pela Net, e pediu-me para vos apresentar cumprimentos e salientar as saudades que sente de todos nós e de Portugal . Missão cumprida caro amigo. Felicidades também para ti.
Uma última nota, na senda do que foi dito no início deste Post,
para dar as Boas vindas ao João, jovem Brasileiro, novo elemento, do naipe dos tenores.

Pedroso(Gaia), 11 de Fevereiro

E eis que o Chorus Auris "emala as troixas" e segue viagem para (en)cantar por terras de Gaia (e como já não é verdade o adágio de "que vale mais uma rua do Porto c'a Gaia toda", viram só aquele Metro de superfície? e aquele passeio ribeirinho? muito bom...). Pois bem, respondendo ao convite do grupo Cantate et Psallite (Cantai e Salmodiai, toparam?), lá partimos para as bandas de Pedroso., onde chegámos por volta das 16.00h. O comité de recepção esteve a cargo da (viemos a saber mais tarde...) maestrina Estela Santos e do seu colega Eugénio, gente muito simpática e afável. Após umas breves e calorosas palavras de boas vindas, a maestrina deixou-nos nas "mãos" do seu colega (as dela seriam resguardadas para dirigir, de forma entusiasmante, o respectivo coro) que nos conduziu a uma visita às caves de vinho do Porto da família Croft, onde a Joana (olá Joana, se nos estiver a ver...) nos proporcionou uma lição magistral sobre todo o ciclo de produção e fabrico do néctar internacionalmente apreciado. Como consequência dessas explicações (que vergonha, somos portugueses e sabíamos, por mim falo, tão pouco sobre este produto nacional) muita gente decidiu esvaziar, o mais depressa possível, as garrafas que tinham lá por casa porque o vinho, ao que parece, tem uma vida bastante curta, quer antes, quer depois de ser aberto, isto se não contarmos com os vintage, pois esses são bem mais longevos. Finda a prova da "pinga" já eram horas de jantar e não havia tempo a perder, a hora da verdade aproximava-se. O jantar foi bastante agradável tendo o menu incluído, além das moelas e da friginada à entrada, um prato de carnes grelhadas com arroz e batata frita e, para sobremesa, um semi-frio bastante saboroso. O local escolhido deu ideia, para quem não conhece aquelas paragens, de ficar um pouco fora de mão e revelou-se um bico de obra para o motorista do autocarro, quer pela estreiteza das ruas, quer pelo facto de haver muitos carros estacionados em locais que dificultavam a circulação. Mas o motorista era mesmo do melhor e saiu-se a contento desta provação. A causa de tanta agitação foi o facto de, nesse mesmo restaurante, haver uma reunião de "dragões" que, aproveitando o jogo do Porto no Restelo, juntaram o útil ao agradável, isto é, decidiram cear enquanto assistiam à partida na televisão (e eram, posso garanti-lo, largas dezenas de pessoas).
E, quase sem darmos por isso, estava praticamente na hora do concerto. Tempo apenas para um breve aquecimento, trocar de roupa e... cordas vocais à obra. A abertura do concerto, comemorativo do 5º aniversário do coro anfitrião, coube às classes infantis que mostraram, em duas peças, que o futuro da música coral estará assegurado por aqueles lados. De seguida, actuou o Cantate et Psallite que brindou o público presente (em número assinalável, diga-se) com as peças:
Kyrie, da Missa Octavi Toni de Orlando di Lasso
Ave Maria de T.Luis de Victoria
Signore delle Cime de Giuseppe de Marzi
Rua do Capelão, arranjo de Marco Lourenço
O voso galo, comadre de M.Groba
The lion sleeps tonight, arranjo de Anne Raugh e Deke Sharon
Dando continuidade ao espectáculo actuou o Grupo Coral da Juventude de Sanguêdo que já eram "velhos" conhecidos e praticamente vizinhos dos anfitriões. Este coro teve a regência do maestro Jorge de Amim Fernandes e o alinhamento das peças foi o seguinte:
Casebres Doirados de Manuel Tino
A moleirinha de J. dos Santos
Va pensiero de G.Verdi
Canção dos Alpes de J. Bovet
A minha saia velhinha de Casimiro Silva
Montanhas de autor não identificado
Para o encerramento da festa ficou guardado o coro cá do burgo, como já se depreendeu. Regido pela maestrina Ângela Marques, o Chorus Auris apresentou o seguinte repertório:
Tebe Poem de D. Bortniansky
Queda do Império, arranjo de J. Salgueiro
Siha Hamba, Espiritual Sul-africano
Oh! Happy day, Espiritual Negro
Canção do camponês, de F.L. Graça
Hallelujah do "Messias" de Haendel
Após a habitual troca de lembranças ainda houve tempo para um convívio com mesas fartas, em especial no que à doçaria diz respeito. Estes momentos de convívio são sempre importantes porque permitem estreitar um pouco os laços de amizade entre os grupos e podem proporcionar o aparecimento de novos conhecimentos. Por isso, enquanto as direcções dos respectivos grupos trocavam impressões sobre questões de fundo, a secção de R.P. abria caminho no sentido de fazer novas amizades. Mas o tempo não perdoa e é preciso voltar à base. Após rápidas despedidas foi tempo de embarcar e, após breve soneca, chegar a casa, já o relógio assinalava as 3 da madrugada.

15 fevereiro 2006

Memórias versus Lixeira



Algo se passa com estas Memórias. Ninguém comenta, nem alimenta esta tentativa de recordar o passado, que em muitos está bem vivo e merece ser recordado. Mesmo assim vamos continuar a tentar manter viva a chama deste Blog, de modo a que a memória que temos do que se passou e vai passando com o Coro não vá parar à lixeira do esquecimento. É que lixeira, ainda que com o pomposo nome de " Ilha Ecológica " é bué mau, como se diz agora.

Venham de lá esses Posts e variações.

08 fevereiro 2006

Memórias XX ...


Bom!, ( como diria o Prof. Martelo ), esta também já é velhinha. 198(?) . Salão Nobre dos B.V.V.N.O, Chorus Auris em Concerto, integrado num espantoso programa de dois dias, que movimentou todas as secções da Banda existentes na altura. Casas cheias, público muito atento, como se pode verificar. Fardamento oficial ainda não havia, isso foram " luxos " mais tardios...ehehehe, mas militância havia, e muita, garanto-vos. Aquela primeira fila de jovens donzelas era notável.Os naipes masculinos ao tempo eram mais equilibrados.
Uma nota especial para o cartaz, pintado à mão, sobre tecido, da autoria do meu grande e saudoso amigo Manuel Miranda ( Prof. Miranda ) , como carinhosamente o tratávamos.

07 fevereiro 2006

Memórias XIX ...

Sé Colegiada de Ourém. Ano de 1986(?) . Em Concerto o Coro Francês " Chante Joie ", de Boulogne s/ Mer. Este coro pode, em meu entender, ser considerado o " pai " dos intercâmbios corais com França. Foram pioneiros nesse tipo de relacionamento com grupos da região.
Também o nosso Chorus Auris foi beneficiário desse mágico " empurrão ".
Para além das suas belas vozes, lembro-me como os seus trajes garridos, invulgares para a época, nos fascinaram, pois fugiam claramente ao nosso nacional cinzentismo. Felizmente já se evoluiu alguma coisa nesse campo.

05 fevereiro 2006

OUTRAS MEMÓRIAS (IV)


Para que não se diga que isto do Cant'Auri(a)s é só passeata, aqui fica uma foto de que muito me orgulho ter captado.
Dia 8 de Dezembro de 1989, o Cine-Teatro Municipal de Ourém foi palco de um grande Concerto dedicado à música do insigne compositor Fernando Lopes Graça, que aqui vemos na imagem ao lado do então Presidente da Banda, Júlio Henriques, que proferia algumas palavras em sua homenagem.
F. Lopes Graça assistiu ao Concerto, promovido pela Banda, tendo dirigido as peças em comum, interpretadas pelo Chorus Auris, Canto Firme, de Tomar e Coro da Academia dos Amadores de Música, de Lisboa, fundado e dirigido durante dezenas de anos por Lopes Graça.
Trata-se de mais um exemplo de que a Banda, hoje denominada Academia de Música Banda de Ourém (AMBO), tem desempenhado ao longo dos seus setenta e cinco anos de existência (que actualmente comemora) um papel relevante na actividade cultural de Ourém.
AS

OUTRAS MEMÓRIAS (III)


Aqui está um exemplo do famoso "champagne" da amizade (amitié).
Neste dia foi em Doai (ou Duai) e deu para aconchegar o estomâgo quase todo o dia (aquela coisa do pão polaco não era lá grande petisco....?
AS

OUTRAS MEMÓRIAS (II)


Será que esta selecta assistência estará em recolhimento tão profundo (havendo mesmo quem, ao que parece...., esteja em prece a todos os deuses) escutando um dos cantos profundos do "Chorus Auris"?
Será que o "vasto auditório" reconhece o local e os ilustres agentes?
AS

Memórias XVIII ...


Abril de 2003. Digressão por terras de Alberto João. Desta feita, as vozes dos coralistas ecoaram também pelos ares, a bordo do avião que transportou tão ilustres e brilhantes embaixadores do " Contenente ".

02 fevereiro 2006

Memórias XVII ...

Local: Bacus Bar, Alburitel. Ano de 198..? (aceitam-se palpites ). Ao fundo, à direita, de blusão branco, um " Ícone " da beleza Francesa: A nossa querida amiga Catherine, à época ainda participante do Coro La Pastourelle de Hinges. Ao centro, e à frente, o nosso amigo Fernão. Timorense dinâmico, que ainda cantou no coro bastante tempo. Quem sabe dele? Os outros são caras conhecidas de todos... a frescura actual é que já será outra ( Mª José, Fá, Eduardo, Guida, Mena, Zé Fernandes, Avelino, Carmo, Daniel)