23 março 2008

IV FESTAMBO

Dando continuidade a uma iniciativa que a pouco e pouco se tem imposto no panorama cultural de Ourém, vai iniciar-se dentro de dias o IV FESTAMBO. Com um programa variado e cheio de música de qualidade, a AMBO pretende mexer com a cidade, e de algum modo com o concelho, com esta iniciativa.
Destaques para o concerto de homenagem a Fernando Alvim, um grande guitarrista que tem origens em Seiça e já actuou nas melhores salas de todo o Mundo, acompanhando o jovem Ricardo Parreira, e para a actuação da Orquestra Ligeira do Exército.
Uma palavra especial para as actuações de três jovens estudantes de música do ensino Superior, que se iniciaram musicalmente na AMBO, Tiago Marques, a estudar Oboé em Lisboa, que irá actuar integrado num quinteto de alunos da Metropolitana, Pedro Cruz, a estudar Piano no Porto, que irá actuar a solo e a em conjunto com o seu irmão Luciano Cruz, a estudar Oboé em Berlim.
Espera-se um FESTAMBO cheio de alegria, surpresas e acima de tudo muita Música e, já agora, que o público não falte.


03 março 2008

Polifonia Portuguesa II


A música polifónica portuguesa é hoje manifestamente emergente na senda internacional, assistindo-se à publicação de inúmeras edições discográficas dedicadas exclusivamente a este período da música portuguesa, com a participação de alguns dos mais reputados coros internacionais, nomeadamente: Westminster Choir, William Byrd Choir, Queens College Choir (Oxford), Ars Nova.

Sobre a importância deste período da música portuguesa transcrevo parte de um texto de Charlotte Gardener (crítica musical da BBC), datado 5 de Julho de 2007, o qual é disposto a respeito de uma gravação discográfica do Westminster Choir.

"An uplifting and contemplative performance of neglected music which deserves to be better known. Few of us will have much, if any, knowledge of 16th and 17th century Portuguese music, thanks to the unfortunate fact that few Portuguese composers had their works published during their lifetimes. The upshot was that many of these wonderful masses and motets were to be preserved only in manuscript form, doomed to languish in libraries for centuries, unknown to all but a few. We’re particularly indebted therefore to James O’Donnell and the Choir of Westminster Cathedral for bringing this delectable music to a wider audience. Whilst reminiscent of Palestrina, these works are far more than a Portuguese take on that famous Italian. Unique in feeling and musical structure, it is a crime they have been neglected for so long"

Polifonia Portuguesa I


O apogeu da polifonia portuguesa pertence mais ao âmbito religioso do que ao profano, dadas as circunstâncias que rodearam este belo florescimento da segunda metade do século XVI e primeira do século XVII. Neste contexto, a opulência polifónica figurava entre os atributos convenientes às grandes ocasiões.

O estilo dos mestres polifonistas portugueses envolve a escrita imitativa, isto é: a emitação entre diferentes vozes, que sucessivamente vão fazendo ouvir os mesmos desenhos melódicos, mais ou menos modificados, e realizando, no conjunto polifónico, uma espécie de tecido de fios semelhantes mas desencontrados.

Neste período a catedral de Évora tornou-se uma das principais escolas do estilo "a cappella", elevando a polifonia portuguesa a um dos lugares cimeiros da música europeia, com compositores como Manuel Mendes, Duarte Lobo, Manuel Cardoso, Filipe de Magalhães, Francisco Martins, Diogo Melgaz e João Lourenço Rebelo. O grande incremento que a arte musical obteve durante o século XVII deve-se essencialmente à protecção do duque de Bragança, D. Teodósio, e de seu filho, o rei D. João IV, compositor e teórico, que escreveu, entre outros livros, uma Defesa de la musica moderna (1659?). Segundo o catálogo, incompleto, a biblioteca musical de D. João IV, destruída pelo Terramoto de Lisboa, em 1755, foi uma das mais importantes da Europa não só quanto a música Portuguesa como também estrangeira; possuía, por exemplo, o manuscrito original do Micrologus de Gui d’Arezzo e quase todas as obras e numerosos autógrafos de Palestina, de Willaert, de Claudio Merulo, de Orlando di Lassus e de Monteverdi, entre outros.

02 março 2008

BARCELONA - Freddie Mercury & Monserrat Caballé



Fantásticos estes nossos " colegas ". ;-)
Não se voltará a fazer nada assim...Soberbo. Irrepetível!